segunda-feira, 13 de junho de 2011

dos sentimentos incontidos



Depois de caminhar por terrenos ingremes e de sentir o ar faltar de meus pulmoes, volto a sorver aquele antigo prazer que sinto ao transcrever sentimentos, nao me abstive por completo das palavras, elas estavam latentes em meu ser, e após um momento de silencio, sim porque as vezes é preciso calarmos nossos pensamentos, selinciarmos nossas mãos avidas por digitar aquilo que sentimos, emudecemos por fora para nos rencontrarmos interiormente, e após um tornado de acontecimentos estamos mais uma vez prontos para abrir a janela da alma e deixar que entrem e conheçam nosso interior...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Houve


Houve um tempo em que eu me importava:
Houve época em queria mudar o que achava incoerente.
Hoje sorrio tranqüilo e rio na cara do absurdo que grita.
Não em preocupo mais em separar ovelhas de lobos.
Apenas deixo a chuva rolar em meu rosto despreocupado
Com o amanhã.

Sobre partir sem saber


Sobre partir sem saber
Sei que tudo vai mudar.
Mesmo assim já esta na hora de partir .
Junto meus cacos, fragmentos vivos de minha
Torturada alma.
Nem direi adeus aos meus amigos, estatuas
De sal que ignoram meu sofrimento e dissimulam suas
Palavras.
Envelheci meu coração e o amanhã é tão incerto quanto
Os sentimentos que sinto, ao mesmo tempo é tão tentador...
Abandonarei a mesmice... terei coragem de novamente arriscar...

Incomodo silencio


Esboço no papel meus sentimentos de dor e solidão, um vazio invade
Minha alma .
Despi-me de qualquer bom sentimento.
Imerso nessa escuridão rabisco paginas e transgrido pensamentos,
Sufoco num grito calado e choro um pranto mudo e inacabado.
Num dia nublado de março minha alma fechou-se num
Sussurro deixando-se abandonar-se em si mesma.
Meu coração se comprime no peito,
No céu uma ave voou, peguei carona na réstia de sua
Liberdade.

Bucólicos pensamentos


Ricocheteia nas sombras dos ventos, naquelas tardes mornas de outono
Bucólicos pensamentos, lembranças brandas de pessoas que amei,
Emana de meu coração um calor latente, pura compaixão.
Desfaz a neblina do pranto e se faz sol num sorriso franco de
Criança.
Todos os dias travo um duelo comigo mesmo ,
Todos os dias tentam me convencer de que o que sou
É o que quero e o que quero é o que sou:
Digo a mim mesmo que a vida é mais que uma janela
Pela qual vislumbramos nossos sonhos.

Sobre o tempo II


Não senti quando o tempo passou, ou fui eu quem passou por ele...
Só me dei conta que o ontem ficou pra trás e o hoje se perdeu nas trivialidades do dia.
Quando percebi já tinham podado minhas asas e me senti águia em meio as galinhas, acuado por tais pensamentos limitei-me a suspirar desiludido.

Dos amores


Sem querer te encontrei,
Pensando bem acho que meu coração já estava te esperando.
Em algum lugar ele guardou um espaço só pra você...

Desconhecido II


Eu não me reconheço.
Quem sou:
Olho-me e fico absorto
Pensando em tantas faces de meu eu.
Tanta duvida perpassa meu coração.
Mesmo assim procuro me encontrar
Nesse emaranhado de sentimentos,
Que explodem em nítidas cores e se desfazem
Em pedaços, trazendo-me a uma realidade cinzenta.

Lembranças que não existiram

Divagam em meus pensamentos
Lembranças de tempos não idos.
De palavras nunca ditas.
De musicas não cantadas.
De beijos não roubados,
De olhares que não se cruzaram,
Mãos que não se tocaram,
Abraços nunca sentidos.
Nesse frenesi de imagens de tudo
O que não vivi, mas que de certa forma
Vivi, em pensamentos reclusos, fica
Nas dobras do tempo o sorriso aberto e
Franco, e encaro com certo espanto na brisa
Ociosa do tempo um eu que eu não conheci,
Mas que nem por isso deixou de existir nas recônditas
Lembranças daquilo que nunca foi.

Aquarela da vida

Pegue a aquarela das cores da sua vida e pinte o seu dia:
Se quiseres um dia vibrante use Van Gogh e faça de seu dia
Intenso como os girassóis, se quiser um dia mais calmo use Monet
E tenha um jardim seu dia, mas se optares por um dia apaixonante
Use Picasso com suas inconfundíveis formas cubista.
E se por ventura nada lhe agrada seja ousado e divague no surrealismo
De Salvador Dalí, o importante é não deixar de por cores no seu dia!

No sopro de vida

No sopro de vida que invade meu peito, nessa manhã fria perpassa
Em meu coração um sentimento doce, lembranças de minha infância.
Contemplo o céu cinzento, a grama molhada, e tenho vontade de voar.
Naquele vazio imenso do céu, fecho os olhos e quase posso sentir a
Textura das nuvens, e assim, como um lunático, absorto em meus devaneios
Me pego sorrindo dentro de uma sala de paredes tristes pintadas em tom pasteis,
Um professor carrancudo, colegas dispersos, conteúdo maçante.
Meu corpo permanece imóvel, mas minha alma ah! Essa se libertou há tempos
E anda por aí qual corcel dos pampas indomável e livre.

Sobre o tempo

O tempo me ensinou a ser paciente. Maleável às situações, percebi
Que as adversidades estão sempre presente e que é preciso serenidade
Para lidar com elas.

O vôo do corvo


Estou morrendo, e quando se morre, morre-se sozinho. Isolei-me do mundo.
É um processo lento e doloroso, encarar-me no espelho, e me ver por inteiro,contemplar minhas misérias e perceber que meu rosto trás marcas e que meu coração se encontra cheio de cicatrizes, e que algumas ainda sangram. Marcas de que vivi, amei e consequentemente sofri.
Quando se esta morrendo o mundo se torna mais vivo, porque tomamos consciência de que é a ultima vez que veremos o pôr-do-sol, o sorriso de um amigo ou o aroma de café fresco, sinais imperceptíveis ao olhar de quem acredita ter todo o tempo do mundo para viver!
Com a morte próxima passamos a nos olharmos frente a frente, sem mascaras e não afastamos nem escondemos nosso lado sombrio, acolhemos e entendemos que ele é também parte nossa e portanto temos que encará-lo sem medo, sem culpa nem magoa.
Morro todo o dia, para ressurgir melhor.

Fragmentos

Na poeira do tempo deixei apenas meus rastos.
Amarrei meus sonhos num cometa e reuni forças pra caminhar.
Peregrino da via-lacta deixei de lado todo e qualquer sentimento
De desilusão.

Das trivialidades

Escrevi num papel qualquer, pensamentos soltos de dias comuns.
Trivialidades de meu dia-a-dia mesclado de sonhos e fugaz nostalgia.
A tinta imprimiu no papel sentimentos puros de um simples mortal,
Que indignado com seu destino previsível resignou-se a contemplar
O azul do céu.
Nos olhos ora opacos, ora brilhantes de um negro
Lúgubre, pousa em meu peito pensamentos turvo,
De anjos e demônios que estraçalham minha alma,
Tais misérias divagam em pesadelos que atormentam-me.
Alguém me acorde para não morrer de desilusão.

O prisioneiro II

Trago uma tristeza no olhar, abandonei-me a melancolia.
Meus olhos são belos e tristes. Fitam o vazio distante, revesti-me de solidão, mas reneguei a apatia.
Na fugaz lembrança de sonhos efêmeros fugi na areia da vida,quis refugiar-me em teus braços e encontrei a distancia.
Os dias são sempre cinzentos, caminho sem rumo certo.
Minha vida é um eterno inverno.
A rotina me é incomoda, sou prisioneiro do tédio.
Fecho os olhos pra senti a maciez da grama, me aqueço
ao sol primaveril sinto, a brisa suave e acordo nessa sala Cinzenta, fria e triste!
Cinzenta, fria e triste!

Do inimaginável desejo de liberdade



A capela era pequena, apenas seis cadeiras rústicas dispostas em círculos, um altar talhado em madeira maciça, o sacrário do lado direito com uma lâmpada que jamais se apagava. Duas janelas com molduras de madeira permaneciam fechadas atrás do altar.
Sentados e absortos em seus pensamentos cinco rostos inexpressivos permaneciam imóveis enquanto uma sexta pessoa lia num tom monocórdio algo que ninguém saberia explicar ao certo; as palavras saiam e ricocheteavam no vazio das paredes pairando desconexas no ar.
Em uma dessas cadeiras um jovem olhava insistentemente pela janela. Tinha uma basta cabeleira de um preto retinto e os olhos cor de âmbar, usava uma jaqueta vermelha e uma calça cinza. Observava a chuva que caía e o bosque que se erguia imponente atrás da vidraça. Uma águia cortou o céu cinzento voando graciosamente em movimentos languidos. De repente o jovem sentiu o desejo incontrolável de ser livre, de voar! Levantou-se da cadeira, tirou a jaqueta vermelha, a blusa verde musgo, a camiseta e o tênis. Nesse momento todos os olhos voltavam-se para ele sem compreender ao certo o que estava acontecendo, podia ouvir o som da respirações.
O jovem caminhou até a janela abriu e pulou; tudo foi muito rápido, apenas a queda, e o silencio foi cortado por o ruflar de enormes asas de um cinza azulado. Todos o observaram sumindo no vazio do céu confundindo-se com o cinza nublado daquele dia de inverno, e do jovem, restou apenas a jaqueta vermelha jogada na cadeira e os rostos boquiabertos daqueles que presenciaram, mas ainda não creditavam no que seus olhos havia acabado de ver.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

procura

HÁ UMA CRIANÇA EM MIM QUE SE PERDEU EM ALGUM LUGAR RECLUSO DE MEU EU, HÁ UMA CRIANÇA EM MIM QUE BUSCA DESEPERADAMENTE VOLTAR PRA CASA, E EU JÁ NEM SEI MAIS QUE CASA...
PROCURO NOS RESQUICIOS DO TEMPO ENCOTRAR EXPICAÇÕES PRA ENTENDER O QUE SOU, QUEM EU SOU...
ME PERDI EM ALGUM LUGAR DO CAMINHO E JA NÃO CONSIGO ME ENCONTRAR, EM ALGUM LUGAR ESCURO NO VAZIO DE MIM MESMO UMA CRIANÇA SE ESCONDE DE UM MUNDO ASSUSTADOR.