domingo, 30 de maio de 2010

Recomeçar

o vento fustiga meu rosto

que permanece impossível, não fosse uma solitária lágrima de sol que desliza suavemente por entre as minhas bochechas, cai no chão misturando-se às gotas da chuva que molham a terra seca e sem vida, olho para dentro de mim e vejo que apesar das feridas abertas que ainda sangram, sempre é tempo de recomeçar.

almas gêmeas

corpo,
fragmentado como a extensão da chuva

palavras,
densas como a imensidão do mar

corpo,

denso como o imenso mar

palavras,

fragmentadas como a extensa areia