segunda-feira, 28 de junho de 2010

O CÃO, O PÁSSARO E O VENTO

ESSE SILENCIO INCOMODO...PERTURBA MINHA ALMA. NESSA TARDE FRIA
PARECE QUE AS PALAVRAS SE ATROFIAM NA MENTE E TEIMOSAMENTE PERMNECEM LÁ...
COM ESFORÇO SOBREUMANO TENTO TRANSCREVE-LAS NESSE PAPEL,
A MÃO ESTÁ GELADA E POR MAIS QUE ME ESFORCE NADA DE BOM CONSIGO
ESCREVER.
UM CÃO LATE LONG DAQUI, SEU LATIDO MAIS PARECE UM LAMENTO PELA VIDA APRISIONADA QUE VIVE, E ESSE VENTO CORTANTE, PENETRA OS OSSOS, AO CONTRARIO DO CÃO, SOPRA LIVRE POR ONDE PASSA, UM PASSARO CANTA UMA MELANCÓLICA MELODIA, UM CANTO TRISTE QUE FALA DE SOLIDÃO E ESQUECIMENTO.
E EU, SEM CONSEGUIR ESCREVER NADA SOBRE MIM MESMO TRANSCREVO AS TRIVIALIDADES DESSE DIA, ELEVO-AS À DIVINDADES, E TEM-SE ASSIM; UM CÃO PRISIONEIRO, UM PASSARO SOLITARIO, E O VENTO, ETERNO SÍMBOLO
DE REBELDIA E LIBERDADE.
( Num dia qualquer, de um tempo distante)

Redenção

Abandonei meu passado de lágrimas e incompreenções,
botei fogo na cidade fantasma que me aprisionava;
saí nu e descalço, não ( não quero mais) olhei pra trás...
me redimi de meus pecados...
O velho tempo terminou.
chegou a era da ressurreição.É tempo de REDENÇÃO.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

silencio ensurdecedor

Ha dias em que nos sentimos cansados e esgotados.
nada parece fazer sentido...
há dias em que sentimos vontade de gritar
até ouvir o silencio ensurdecedor da nossa prórpia voz!
quando estou perdido o mundo parece ser
assustador...fuco maquinando sorriso
que se desgastam ao logo dos dias.
A noite chega calada e cortante
sinto um nó na garganta mas meus
olhos estao secos!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Andarilho


Por que sinto tamanha misericordia ( por a miseria do outro em meu coração) por aqueles que possuem, aparentemente, muito mais que eu?

sou um andarilho, no mundo estou de passagem, desprovido de riqueza, esplendida beleza, ou dotado de grande inteligencia, sou fugaz como o vento e aprecio os pormenores da vida.

Ainda confio nas pessoas,e talvez por isso me sinto tao mal ao ver aqueles que possuem uma vida que poderia ser tão bem vivida e ao contrario procuram subterfugios para encontrar migalhas de uma felicidade forjada...

é pena que ainda nao descobriram o verdadeiro sentido de viver ( ainda há tempo, sempre há...)

nao sou poeta, talvez louco, sou fugaz, eterno andarilho, minha vida é um eterno caminhar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Desconhecido


hoje o espelho me trouxe a imagem de um desconhecido
aquele rosto inexpressivo,
aquele olhar vago e opaco.
Uma ruga se faz no canto da boca onde se desenha
um sorriso cínico num escárnio um tanto triste e frustrado,
a pele seca, o cabelo grisalho, um ar pesado, respiração difícil.
Uma lagrima grossa e insistente teima em rolar daquele rosto cansado.
Não reconheço nada de mim neste
desconhecido que roubou minha juventude destruiu meus sonhos e me
faz prisioneiro de um mundo que não é meu.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

sobre Babel

A chuva cai mansa e sorrateiramente sobre o telhado fazendo uma melodia triste e melancólica...
hoje é feriado, e em dias que não se vive o tumulto cotidiano, as filas interminaveis e o medo clautrofóbico de ambientes fechados, em dias que temos o dia todo para nós mesmos nos deparamos amedrontados, procurando desesperadamente alguma coisa inutil para fazer, porque é mais facil encher nossas vidas de superficialidades mediocres doque encarar-nos frente a frente e descobrirmos os demonios que nos atormentam no intimo de nossas almas...
enfim é outono na Babel cinzenta e de longe posso ouvir o som enssurdecedor de um mundo poluido pela superficialidade, mascarado de ideologias que se enferrujam no decorrer dos dias...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

a arte do [re]




nas paginas amareladas das entrelinhas do tempo

percebi que durante muito anos desperdicei preciosos momentos


acreditando ser um completo isolado nesse emaranhado de pessoas
que sempre foram pra mim um universo a desvendar...


acreditei viver em completo abandono, parecia nao me encaichar


no quebra-cabeca do mundo.


era fragmentado [ainda sou...]


mas, descobri na distancia, a possibilidade do novo e a [re]descoberta


de mim mesmo, de algo que se perdera com o decorrer dos anos, [re]encontrei meus


amigos, [re]atei velhas amizades, e [re]aprendi a arte de fazer novos amigos,


e me [re]inventei novamente.

terça-feira, 1 de junho de 2010

no país das maravilhas



quando tudo parece estar nos sufocando, o absurdo começa a fazer sentido...


no meio dessa massa sinto-me um solitário andarilho; nesse tumultuado formigueiro humano corremos ao encontro do nada.


o lar torna-se um buraco , o alimento perde seu sabor, e não importa o quanto


você corra, você está sempre ATRASADO!!!


são como milhares de coelhos que gritam e e se esbarram um nos outros, dizendo:


"estou atrasado!"


Não existe país das maravilhas. E se existe ninguém tem tempo para perceber...