terça-feira, 20 de julho de 2010

Metamorfose

mudo
mudança
mudei!
Calado. Extrovertido, ri. Chorei...
percebi que meu ciclo incompleto
e incompreendido da voltas num mundo que
outros vivem...é tão singelo quanto um frágil pássaro em meio ao
furacão.
Sou metamorfose constante numa inconstância de turvos sentimentos
reinvento-me ao sabor e dessabor do tempo.
mascara de vidro num mundo de titânio.
Andarilho, sim, num mundo mutável...
apenas as sandálias nos pés e um ardente desejo
de encontrar e gladiar com meus monstros mitos.
De enfrentar o frio olhar de Hades. E sorrir das estripulias de
dionísio...
vou abrir a caixa de pandora ….
e deixar escapar meus medos e anseios
esvaziar-me por inteiro
e do silencio da noite cálida absorver-me
de tudo e de nada
porque a vida é um constante por vir

ironias da vida

ah as galinhas!!!
estupidas...
porque nunca pensaram em voar???
possuem asas não é mesmo!
São dotadas de um sentimento
patetico...cabeças pequenas!
Vivem remoendo pedrinhas e
milhos naquelas moelas-britadeiras,
sem falar naquelas que nem chegam
a ter essa liberdade interiorana...
e quedam-se em aviários prontas
para o abatimento
estupidas..estupidas!
Porem não podemos negar
sua estupides nos faz mais
gordos e felizes!

terça-feira, 13 de julho de 2010

NAQUELAS MESA DO PRATA

Encontro parte II
a chuva cai lenta e harmoniosamente nas ruas amontoadas de gente apressadas que correm de encontro ao nada. Guarda-chuvas esbarram uns nos outros, os carros buzina freneticamente, é final de mês e a cidade se movimenta como um enorme formigueiro; está frio, é um tipico dia de inverno na nublada caxias do sul, alheio a tudo isso , dois jovens caminham tranquilos, conversando despreocupadamente, sorrindo, o mundo parece-lhes pintado numa aquarela de cores vivas, sabem que o amanhã é incerto e sentem que a vida, a vida é bela demais para ser apenas vivida e não sentida, caminham sem pressa, porque não muito longe dali está o refugio que ambos construíram para si, um lugar onde podem partilhar seus medos, sonhos e anseios, um lugar revestido de arte, musica e poesia, não muito longe dali está as mesas do prata, um lugar comum para muito, mas especial para eles, que encontraram no trivial o extraordinário.

NAQUELAS MESA DO PRATA

encontro parte I
algum dia de certo mês de 2008
dia que começa mal. Continua pior especialmente durante a semana. Acordar cedo, esfregar os olhos, correr atrás do ônibus, passar na catedral e encarar matérias exatas. Um livro do Galiano debaixo da carteira para tornar a minha manha bordada de letras e não de números insignificantes. Voltar pra casa, almoçar, encarar um lamaçal de números comerciais no trabalho. Um livro de poesias escondidinho no deposito pronto para ser degustado. Eis que uma mensagem surge no telefone móvel: urgente !! conversas sobre o tudo e o nada precisam se encontrar o mais breve possível!

Dia que começa mal, continua pior, mas com um desfecho de tarde e principio de noite nas mesas do prata ele tende a melhorar nas suas ultimas horas.